sexta-feira, 26 de outubro de 2012

Contr Ato

Assinado

composto por argumentos, ações e besteiras.
Acordos, concordo, influentemente, mente para algo ou alguem. Silencio emudece-se e cala a proxima virgula que chega.. se aprochega...

Se anima e rima
grita e conversa
corações alados
corpo calado
fica parado
ex tatuado
status

Boca simples na mão
e um delirio no chão
fazer bem faz bem
fazer bom faz mal
perfeito estraga o feito

felicidade vem com a idade e amor vem do peito
e do leito/e.

domingo, 7 de outubro de 2012

A permanência incomoda

a permanência incomoda...

o que permanece estático incomoda.. do verbo: incomodar... pedra no sapato..
nao digestão!!!

estamos falando de que? fome de que? sede de que?

ambiciono fome realista, canibalismo, fome junto é movimento...bolo andante...
conhecimento minha gente, abertura de olhos ...

nao compreendo o silencio... a arte nao é escolha, é quase a falta dela... que seja grito, que seja cuspe.. que seja alegria que seja paz.. que seja.
nao compreendo o rumo da prosa e nem o sentido da dor.. e nem a fala da reclamaçao que vem sem açao...
tenho vergonha de ser brasileira no brasil, e orgulho fora.. nao compreendo...
volta e meia sou indagada da minha escolha profissional, e rio, sem graça, sem saber o que dizer... e sempre.. na maioria das vezes me faço e refaço essa pergunta.. nunca chego a nenhuma conclusao.. até porque nao me sinto defendendo nenhuma classe ou partido. as vezes nem a minha propria escolha eu defendo... talvez isso nem seja profissao mesmo, seja sina.. missao.. carma... vai entender.. e me olham sempre com uma cara: coitadinha, tao bonita, tao novinha..ai realmente atuo para dizer apenas sorrindo com uns olhinho infantis que nao entendi...
e nao entendo mesmo.. nao conseguir desenvolver sensibilidade que me orgulhe para fazer um trabalho digno sem se isolar, sem se enfiar em uma bolha e ignorar a violencia que te estupra a cada dia... e a miséria que grita!!!!
nao luto para atuar, para agir, para brigar, para mudar algo ou chegar em algum lugar... apenas desejo a liberdade, uma maior, e cada vez mais leve.. que para mim em especial se encontra pertinho da tal felicidade que pela leveza da vontade de capturar.. e dentro de uma gaiola ela deixa de ser..
a natureza é caminhar pelo vento nu e com sorriso no rosto...

e me cansa a violencia estupida da fome, a volta e a revolta escravocrata que nao termina nunca...  me lembro fortemente de meu avô vendo um beijo de novela de um "negro" com uma "branca", e ele sentindo nojo... nunca compreendi.. meu avo que recebeu honras militares pela marinha.. que defendeu o brasil... isso nao é cultural... isso é atraso humanitário.

nao temos um sentimento matriarcal e menos ainda patriarcal da nossa terra.. e enquanto nao existir essa uniao nao haverá país...

e pensando no meu latifundio, que é o que importa.. (ja que o pensamento é esse).. penso que a arte nunca vai ser compreendida, sua funçao nao é essa mesmo.. a arte está fora e além do tempo de evolução do homem, isto a torna sem lugar... assim como o vento que apenas penetra sem ser configurado para tal

 

segunda-feira, 24 de setembro de 2012

Vontade Necessidade Vontade

Tudo o que sobra passa. Fica por ai em algum canto. Tudo que canta sobe.


O desejo é amor. A volta torna-se necessária quando se faz dor o sentido. Quando os ouvidos se calam, ouve-se demais. E se fiz no caminho algo pronto, é morte. O que sinto permito, o que permito absolvo. O que era calmo me da medo. Caso me de dor, choro. e se choro, quando choro, sorrio.

O que pára, olho.
Se olho, quando olho, me calo
O que grita, olho
Se olho, quando olho, Olho

Simples era cheirar a folha caindo
simples era caminhar pelos sonhos
Simples era sentir saudade
simples era segurar a mão

Desejar é amor. Merecer é vida. Amadurecer é morte, tem mais dureza do que amor. Engolir é vida. Mastigar é amor. Acordar é vida.

segunda-feira, 28 de maio de 2012

COR

agua, calma, escorre e para.
pingo por pingo.

o tempo passa, apaga e constrói... agua derramada do mar. suspiro esquecido. bilhete rasgado. tempo esgotado.

Passa com o teu tempo, pensa com teu senso, faz com teu juízo o que pretendias antes, antes de pensar brilhantemente numa ideia mirabolante que salvaria a todos inclusive a tua culpa.
Coragem não precisa ser um ato heróico... coragem as vezes é redenção. solução unica. Um ato de rebeldia na minha opinião, sempre quando me parece imprecindivel no fim de algo. Levanto e respiro como numa rebeldia adolescente. Ok, lets do it. Simples assim, mas no fundo tem um frisson tão grande que é melhor esconder, alias só é corajoso por causa do frisson enorme.

Coragem, como a sensação de que algo está perto do fim, ou finalmente o começo de algo. Um alivio misturado com um pavor. Ação é aceitar o pavor da vida. Agir como instinto, ou como algo que se cansou de pensar.

Fiz-me moça ao olhar e conceber que o que estaria por vir extrapolaria meu olhar de pequena, que um dia fui.

Me peguei sendo papel em branco, cor de cimento, agua pelando, um vento de doer, e por fim um rosa que sobrou no céu quando o sol ja havia descansado.. e essa imagem me calou.

Assim esquento o pulmão com coragem.. levantar e fazer,  o essencial parar de doer..

quinta-feira, 17 de maio de 2012

Lua calma, o vento clama

A tal da alegria solta
possível?

o poder da calada da noite de fazer sentir um só. Um só sentido, uma só direção, um só corpo e possíveis espirítos. O silêncio imposto atordoado se manifesta diferente de quando somente não se tem nada a dizer, nada a fazer, e tudo, tudo, já foi feito, dito, clamado, reclamado e respeitado.
A lua deixa suspiros pelo ar enquanto a alma conversa com os olhos. Olhos de rapina, olhos famintos e sedentos por um ou outro corpos soltos que resplandecem uma espécie de calma aparente no andar, no passear pela vida.
Naquela rua ele andava por ai, meio que despretencioso, meio que largado, umas calças soltas um ar de sabonete, vapor de banho quente. Como se não quisesse nada e pudesse tudo. Como que sem procurar ele certamente iria encontrar algo que nem sua alma sabia bem o que era. Mas encontraria, pois em alguma esquina ou encruzilhada estaria outros olhos talvez um pouco mais cabisbaixos mas procurando, sem saber muito bem o que ou quando que algo iria dizer conversasse com aquela suposta paz.
A calma traz um devaneio estranho para a mente, distrai os sentidos enquanto tudo em silencio não diz nada para logo calar de vez a visão quando o encontro aparecer.
Meio a fumaças sem algum sentido o vestido rodava com o vento, a boca calada e seca, os olhos a espreita sem ninguém se dar conta, sabia o que iria encontrar.
e assim o fez. um sorriso singelo que dizia mais do que as bocas a caminho, os olhos se direcionavam sem olhar, um outro tipo de olhar que não diretamente, olhando, que não ve. Respeitando a imagem que não se ve, a imagem sentida, e não viciada. Olhos sem direção capturam os sentidos.
e fez nu uma noite possivelmente qualquer, mas era noite, e o cheiro do vapor do banho era o sinal, o sino e a sina que os faziam caminhar pela rua, na vida que a lua banhava com o mistério da calma.

E fez-se um. Possível.

segunda-feira, 7 de maio de 2012

um bendito Sim

Seguindo parado, estafado, seguindo perseguindo, calado, soprado, silencio e nó.

tudo o que não se desfaz se faz em algum lugar, ou em algum caminho ou por algum carinho.
penso logo desisto, existo logo persisto, estou logo esqueço, e sou por um ou mais segundos logo vivo, vivo logo ando, seguindo e indo.
o que fica vai, o que vai já foi. Na estrada quem pisa firme deixa marcas no chão, no coração, quem pisa leve tem medo ou cautela, quem não pisa, flutua e cai.
Relação peso altura, quanto mais se compreende a massa andante, menos se compreende a altura desejada, ou conquistada. Algo no caminho do passo que fica atrás e do que sai correndo de desespero, uma decisão é um misto de pé atrás com pressa. A mistura ou alquimia que nos leva a algum lugar nunca poderá ser alcançada, algo voraz e veloz nela.

quarta-feira, 2 de maio de 2012

Bom Dia

Marco Zero.

Acho bonito quem sabe começar de novo, tudo novo de novo, com um ar d`alma revigorado, como se fosse a primeira vez. E é... e também nunca é. Sabemos ao longo quantas vezes começamos e recomeçamos algo. Deixa marcas o ponto zero. Mesmo que risquinhos na linha do tempo. O fato que parece desconfortável é nem sempre ser uma escolha muito clara esse momento. Determinados momentos essa entidade Vida escolhe por nós. Ai então bailemos conforme a dança caso contrário.. enfim, é melhor não contrariar.
O Zerar tem nele algo de morte também, a subtração. Parece que algo é tirado para começar a contagem novamente. Posto que para ter início é preciso ter fim.
E o suposto Ponto Zero é um não ponto, um ponto que fica fora da linha marcada. Uns dedinhos a cima do chão diria. Uma espécie de devaneio involuntário, quase como estar num avião sem ter muitas informações sobre o destino ou a hora da chegada. Aflição, aquele bichinho que come dentro sabe deus o quê.
Acredito que pessoas que flutuem melhor sobre este tempo não tempo não tenham nascido com esta característica, mas talvez tenham se habituado a ela, ou compreendido rápido o movimento circular da coisa. Ou talvez seja um Dom, como tocar um instrumento, uns tem mais técnica e vontade outros mais alma.
Duas forças opostas, talvez mais. Uma que insiste em constatar, entender, apreender a linha que rompeu-se, ver para onde ela foi, ver onde se esta, de onde saiu, o que foi mesmo que aconteceu? E outra que quer pisar logo no chão novo, sentir os prazeres e as dores. Constatar novas configurações. E outras forças que não devem ser ignoradas mas nem totalmente entendidas que não se apresentam apenas como olhar o passado ou correr para o futuro. Essas outras forças talvez sejam mais para cima, se afastando do chão ou mais para baixo na intenção de algo submerso.

Entender-se uno, torna-nos capazes de fazer riscos no tempo, nessa linha nem tão linha a seguir. Na matemática da coisa fica na ordem do acordo. Acordar é um trato importante para consigo. E Acordar também diz algo sobre o início. Um eterno início, não me consola também. Consolo? A aflição não cessa com consolos. Tem algo nela de vida própria que por mais que se queira ela não se resolve, porém a sensação de estar acordado já é estar no presente, talvez até ser e fazer parte deste presente seja ele qual for, contável ou não contável.

Estar pronto, Estar Acordado é tudo (o que basta).

segunda-feira, 30 de abril de 2012

a tal da gravidade

No simples e a caminho do efeito promove-se a razao. uma invenção em busca da sanidade compartilhada que é viver. sabor, ardor, gosto... viria posterior a uma especie de acordo acordado e vivo que negociamos o tempo inteiro com o buscar, escolher e atuar. o desejo...
bem, o desejo, faz-se no silencio do travesseiro, escondido, encabulado poucas vezes se brota no olho.. no canto singelo do verbo olhar.

a caminho da cama, pensaria talvez o que me faria dormir, lembrei de alguns conselhos repetidos, algumas frases de bem viver, mas o fato é que para morrer e nascer no desejo é necessario estar vivo. para conversar com o travesseiro é necessario um tanto de coragem e ousadia. largar-se ao absurdo do que a escuridao pode te levar nao é uma tarefa para todos, para poucos tambem nao. mas para os que desejam e só. sono e saber morrer talvez se relacionaria entao com uma vontade imensa de desejar e retornar em pé para junto e nunca a favor da gravidade, de manter e descobrir uma maneira de estar, ser ou sabe la mais o que de ser bípede no mundo, de supostos bípedes. o que imagino nao ser uma tarefa clara. exige uma certa complexidade. ficamos de quatro quando necessario, compreendemos os quadrupedes com uma facilidade maior do que nossa alma. certo, coisas sao imcompreensiveis. compreender tem algo de apreender, aprisionar, resignar... compreender os quadrupedes, ser bipede e aspirar a alma?

caminho.

domingo, 29 de abril de 2012

ela e si

pelo sentido que ha em mim, pelo gosto que ainda é, pelos amores, pelos ares.

sentia-se bem, assim, fiel e amável, silenciosa e bela.
a ventania que passava nao dizia muito sobre seu estado de espirito, era algo como o contra-tempo fora do tempo dançando com o tic-tac do relogio que anunciava o presente vivo.
o gosto que vinha e revivia era algo nem tao doce, mas tambem nao amargo, menos viscoso um pouco mais suave dos de outrora.
seus olhos cabiam alguma angustia, alguma calma, e alguma certeza pouca que por nao ter acertado de onde viria, acreditava, ou nao. mas era uma certeza, pouca e bela. de que era ali, ali que algo começara, ali que algo vivera e ali que algo, possivelmente passara.
nao sentia nenhuma especie de febre de espirito ou dores agudas, mas algo tinha passado por suas maos que nao mais ali estava, e por isso ali era, presentificado o conjunto de estado e alma.

os que nao por ali mais estavam deixaram fiapos alegres de fios d'ouro que desaguavam em uma ou mais coroas redundantes que circundavam seus pensamentos afetuosos. e isso talvez ja fosse muito, mas ela queria mais. sua fome de algo vazio que nao se preenchia de estados e nem tormentos nao passara.
e por isso, nem caminhava nem seguia mais um ou mais daqueles estranhos rapazes que acompanhavam seus sonhos mais profeticos e desesperados. seguia a si, ou algo sem forma definida que parecia dizer-lhe melhor sobre suas palavras ou pensamentos. como um sussurro no escuro que trazia alguma especie de paz. sim poderia dizer paz. nao ouvia diretamente as palavras ditas, e nem os efeitos delas em seu corpo. mas algo em sua pele ja reluzia. a luz dizia mais do que as proprias palavras e que seus possiveis sentimentos encabulados. algo inacabado dizia, ela ouvia.