domingo, 1 de junho de 2014

cartola

escrevo, me escracho, num rancho esquecido pelo tempo,  e por mim mesma.

Fico perto de um abismo enquanto se perguntam os anjos como seria ser real, real em carne e osso... fico a espreita por um momento suave molhado de amor.
Enquanto Cartola canta, as lágrimas rolam docemente aliviando, aliviando, a dor. de estar em si.
de estar em corpo, em gesto em amor.

tudo o que foi feito dói no peito.
me pergunto coisas.. mil coisas... coisas demais.. e tudo sufoca...
na forca o céu do inferno parece colorido.

o que está além

A Alma por mim mesma

talvez ainda fosse fácil ela dizer que sim, que queria, que amava muito... que todos os seus desejos estavam ali realizados. Mas a alma é um negócio estranho... com caminhos em 3D! as vezes ainda sem a gravidade dos fatos, o que define a sua imortalidade. era mais fácil conectar-se com ela e saber a verdade das coisas... o único mundo possivel é o interno. o que se pensa e o que se sente. e o que se entra e sai...
o que definia a alegria? o que faz o amor? por onde meu espírito paira durante as madrugadas e manhãs catatônicas. onde estaria você bela alma?
escolhas são fáceis de serem feitas. a morte das escolhas não vividas é que acompanha como um fantasma. ai sim, dificil. ainda não se pode estar em mais de um lugar ao mesmo tempo. mas a alma não conhece isso. ela se mete em todos. Principalmente nos tempos. ela esta no futuro ao mesmo tempo no presente olhando para o passado. e fora o que esta fora do tempo.
e a alma sente. em outro tempo, espaço, continente.

Pára pra parar, fica onde está e se move pouco, ama muito, e está para além do bem e do mal.